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Foto do escritorAndrea Kulikovsky

Vaiakhêl

A parashá Vaiakhêl inicia com o comando de observância do Shabat, marco distintivo do povo judeu, servindo de lembrança de quem somos e para onde vamos. Um chamado a nos tornarmos novamente um povo após o advento do bezerro de ouro. Seguem-se então um texto detalhado sobre doações, instruções e confecção do Tabernáculo, onde será a “habitação divina”, a “casa da Shechiná” neste mundo.


Me chamou atenção o lugar do coração nesta parashá. Ele é motor, ele abriga sentimento, habilidade e conhecimento. As doações de materiais para a construção do Mishkan devem ser movidas pelo coração; todos os “sábios no coração” devem se apresentar para a construção do Mishkan. Então, todo aquele cujo “coração se elevou” e todo aquele cujo “espírito foi movido”, veio à tarefa de construção do Mishkan. Ruach (espírito) é a força vital dada por Deus, o sopro de alma na criação do homem, que se manifesta nas habilidades, talentos e emoções humanas. A união do coração e do espírito levam à construção da morada divina.


Nesta parashá especificamente, as mulheres são individualizadas, não só nas doações de joias e objetos para a construção do Mishkan, mas como possuidoras de habilidades específicas, sabedoria no coração, para a confecção dos tecidos que seriam utilizados no Tabernáculo. Também são mulheres que faziam serviços na entrada da Tenda do Encontro, que doaram os espelhos para o lavatório dos sacerdotes, o que indica o envolvimento de mulheres nos locais e serviços sagrados da época.


A imagem que minha mente criou ao ler esta parashá é linda: mulheres criando trabalhos artesanais e envolvidas na tarefa de criar um Mishkan. Mulheres sábias no coração, com habilidades especiais e capacidade de produzir.


Em Vaiakhel entendemos que arte é sabedoria do coração.


Imagem: bordado à mão da artista Andrea Dezsö - procurem a obra dela!

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