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Shabat de 79 Anos da ARI

Conta-se a história de um homem muito rico em uma cidadezinha da Europa, há muitos séculos atrás. Quando o homem envelheceu, ele ficou preocupado com o legado que deixaria para sua comunidade. Ele pensou por muito tempo nesta questão, e então encontrou uma solução. Ele construiria uma grande e linda sinagoga que abrigaria sua comunidade por muitos e muitos anos para além de sua vida. A construção demorou muito mais tempo do que ele tinha antecipado, mas quando ela finalmente ficou pronta, toda a cidade foi convidada para ver o novo edifício. Eles estavam tão ansiosos! Entraram na sinagoga e logo perceberam que havia espaço para todos, lindas pinturas na entrada, um enorme Aron Hakodesh para as Torot, o teto era alto e lindo, cortinas maravilhosas, os assentos para todos eram muito confortáveis. Ninguém conseguia pensar em outra sinagoga tão linda em outro lugar do mundo! Mas, quando as pessoas se sentaram e continuaram admirando, se deram conta de um erro terrível na sinagoga! E uma pessoa finalmente perguntou: “Onde estão as luzes? O que vai providenciar a iluminação do santuário?” Então, o homem apresentou seu projeto especial: havia suportes nas paredes da sinagoga. Ele deu a cada família uma luminária, enquanto explicou: “quando vocês vierem à sinagoga, devem trazer suas luminárias, acendê-las e colocá-las no espaço especial da parede que foi designado para você. No entanto, cada vez que um de vocês não vier, devem ter em mente que um pedaço da sinagoga estará escuro. Que uma parte da comunidade ficará sem vida. Sua comunidade depende de você para trazer sua luz, e a cada vez que você não trouxer sua luminária para a sinagoga haverá escuridão onde poderia haver luz.”


Uma comunidade não é feita de um rabino ou rabina inteligente que faz lindos sermões da bimá (apesar de isto ajudar!), nem de um chazan ou uma chazanit que encanta o serviço com sua voz e intenção na reza, sua kavaná. Uma comunidade não é construída de tijolos, janelas e enfeites, apesar de tudo isto ser bastante importante! Mas sua real alma vem das pessoas que participam, que dão um pouco de sua luz para engrandecê-la.


Recém chegada, me sinto abraçada por esta comunidade que, mesmo de forma virtual brilha através do carinho e alegria de cada um de seus membros. Na ARI sinto esta luz brilhar em cada uma das pessoas que conheci até agora, e gostaria muito de ver novas luzes brilhando aqui ao nosso redor, um dia presencialmente, mas por hora nas ondas da internet.


Ao longo de seus 79 anos, a ARI cresceu e amadureceu. Desafiou e liderou movimentos importantes de mudanças e questionamentos na comunidade judaica brasileira. A ARI ainda tem muito a crescer, a inovar, a questionar, e a luz de cada um de nós, equipe litúrgica, profissionais, voluntários e congregantes, é essencial para fazer a ARI brilhar para muito além dos 120.


Há um antigo ditado chines que diz:

Quando há luz na alma, há beleza na pessoa

Quando há beleza na pessoa, há harmonia na casa

Quando há harmonia na casa, há honra na nação

Quando há honra na nação, existe paz no mundo.


Cada um de nós conta, importa e faz a diferença. Que possamos estar presentes, com toda a alma e todo o coração para celebrar e iluminar cada pequeno cantinho deste santuário, e juntos construirmos o futuro da ARI.


Mazal tov, Ari!

Shabat Shalom!


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