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Omer 9

ברוך אתה יי, אלןהינו מלך העולם, אשר קדשנו במצותיו, וצונו לעסוק בדברי תורה


Baruch atá, Adonai Eloheinu, Melech haolam, asher kidshanu bemitsvotav vetsivanu laasok bedivrei Torá.


Bendito seja, Adonai nosso Deus, Soberano do universo, que nos santifica com mitsvót, ordenando-nos que nos ocupemos com as palavras da Torá.


A brachá que recitamos antes de estudar fala “laasok” que pode ser traduzido como se ocupar. Eu adoro a ideia de que estudar é se ocupar de algo, se engajar em algo. É muito mais do que simplesmente se sentar e ler, grifar. Pede uma dedicação mais profunda, mais intensa.


Só é possível se ocupar de estudar algo que te prenda, que seja importante para você de alguma maneira. O estudo da Torá deve ter esta importância para quem se ocupa dele. Da mesma forma, quem ensina deve tornar o tema e a maneira de ensinar atraentes. O bom professor é mestre, é guia. Pirkei Avot ensina que um mestre é um amigo. Mas em realidade, somente o mestre que se ocupa em ensinar tem este papel tão relevante na vida de alguém. Aquele que só entrega o conteúdo não é mestre, não é amigo.


Minha relação com o estudo mudou muito durante a minha vida. Amei profundamente a tia Cotinha, que me ensinou a ler. Lembro do rosto dela até hoje, assim como da cartilha onde estudei e aprendi que “Ivo viu a uva”. Talvez porque aprender a ler me abriu um mundo de possibilidades, me deu liberdade. No entanto, depois dela, continuei amando a leitura, mas passei a detestar a escola. Foi assim até estudar direito, e depois, mais ainda, em minha especialização. O professor era absurdamente cativante, mas devo dizer que não foi amigo. Então, a vida me deu meu super mestre, amigo, que me abriu as portas da Torá, o Alê. Também nos caminhos da vida ganhei uma morá, confidente, terapeuta, amiga, tudo de bom, que me ensina o hebraico e tanto mais, a Sandra.


Hoje, no curso de rabinato, eu me ocupo, dia e noite, no ofício e arte de estudar a Torá, e tudo o mais que o curso me oferece. Hoje o caminho, o estudo, é mais importante do que a linha de chegada.


*fonte da tfilá: Mishkan T'filah: A Reform Siddur

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