31a Benção - Maternidade
Hod (glória) e Tiferet (beleza), Meu dia das mães começou conforme o calendário judaico: na noite da véspera. Jantamos nós 5 juntos, um jantar delicioso, com um vinho maravilhoso, assistindo Modern Family – novo vício familiar. Assim o 31o dia do Omer só poderia ser dedicado às reflexões sobre o dia das mães e o ser mãe.
Aprendi esta semana, em um artigo incrível da minha prima Marjorie, as origens do dia das mães, esta celebração que se tornou uma data comercial, tinha o objetivo inicial de ser uma celebração religiosa, em honra a uma certa mãe que era uma mulher incrível, mãe de 11, agente de saúde e líder comunitária lá em torno de 1870. Um tanto irônico que é justamente uma pandemia que tenha alterado completamente o dia das mães este ano... Sendo mãe judia, e trazendo dentro de mim toda a carga cultural aprendida ao longo da vida, obviamente gosto do carinho e da centralidade que temos enquanto mães, faço minhas chantagens emocionais para ter atenção ou convencer meus filhos, mas, principalmente, não tenho limites para minha dedicação e minha entrega como mãe. No dia que meu filho mais velho nasceu tive uma certeza: o mundo passou a ter outro epicentro.
Hoje, com meus filhos todos pós BMitsvá, já sinto falta deles pequenos, me orgulho de quem eles são hoje, e tenho muita vontade de ver quem eles serão. Ser mãe é ambíguo... Ser mãe é algo que ao mesmo tempo que trazemos instintivamente dentro de nós, do que aprendemos com nossas próprias mães (o que sim e o que não...), aprendemos brincando de bonecas, assistindo filmes, ou simplesmente por nosso instinto animal. Ser mãe é se descobrir bicho; é se ligar intimamente na determinação natural de nossa espécie: gerar, criar e proteger.
Ser filha, ao menos para mim, é ter certeza e segurança. Ser mãe é ter força e amor para além do que eu jamais imaginei.
Hod e Tiferet, Glória e beleza, estão no âmago da maternidade. É lindo, é glorioso, é tudo, apesar de todos os pesares.
31a Benção: maternidade
Comments