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Foto do escritorAndrea Kulikovsky

Omer 31

ברוך אתה, יי אלוהינו, מלך העולם, אשר קדשנו במצותיו וצונו להניח תפלין


Foi há aproximadamente um ano que eu comecei a colocar tefilin. Já estávamos em pandemia, estávamos no primeiro lockdown e eu precisava de algo mais, então comecei a fazer shacharit todos os dias. Então, precisei de algo que me conectasse um pouco mais com Deus, com minha tfilá. Pensei que estava em um ambiente seguro suficiente para tentar, para errar, para não ser julgada até que soubesse enrolar meus tefilin com segurança suficiente.


Baruch atá, Adonai Eloheinu, Melech haolam, asher kidshanu bemitsvotav vetsivanu lehaniach tefillin.


Na primeira vez, errei o número de voltas no braço, fiz uma a menos, sem querer. Da segunda vez o do braço escorregou. E assim foi, dia após dia. Assisti um vídeo maravilhoso que um amigo me enviou, assisti um Bar Mitsvá ortodoxo (por zoom, como convidada). Dica após dica, olhar após olhar, enrolar após enrolar, hoje enrolar os tefilin para o shacharit chol (reza matinal de dia comum) faz parte da minha tfilá. Tanto que eu sou capaz de esquecer que é chag e enrolá-los mesmo assim, e então me dar conta e desenrolar.


Bendito seja, Adonai nosso Deus, Soberano do universo, que nos santifica com mitsvót, ordenando-nos que enrole tefilin.


Poder escolher mitsvót, experimentar, acertar e errar, voltar atrás. Estudar mais um pouco, tomar novas decisões. Neste exercício reside a bênção. Na possibilidade de estudar, tentar e escolher. Na certeza de que posso mudar, reavaliar e ressignificar.


Agradeço a existência de uma corrente de judaísmo que me dá esta possibilidade de escolha e de ser agente da minha religiosidade.

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