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Itró - Shemot 18:1 - 20:23

Lemos na porção semanal da Torá referente a esta semana que Itró, sogro de Moshé visita o acampamento dos israelitas para trazer a Moshé sua esposa e filhos, que em algum momento voltaram a Midian para a casa da família de Tsipora (esposa de Moshé). Numa cena de encontro familiar, Moshé e Itró conversam, Moshé conta como foi a negociação com o Faraó e a travessia do mar, Itró faz uma oferenda queimada e eles consumiram a carne com Aharon e os sábios de Israel.


Nesta visita, Itró percebe que Moshé é procurado dia e noite, o tempo inteiro, pelo povo, para resolver as coisas mais simples de relacionamentos ou regras de comportamento. Impressionado com a sobrecarga, Itró aconselha Moshé a estabelecer uma hierarquia de atendimento, em que ele seria a última instância. Uma forma de sistema jurídico.


É também nesta parashá que recebemos os 10 mandamentos, os Asseret haDibrot, em que somos ordenados a honrar pai e mãe. Um aspecto deste honrar é obedecer e não insultar os pais, porém, outro aspecto, ressaltado pelo Talmud, em Kiddushin 31b, é providenciar comida, bebida, roupas e passear com eles. Ou seja, é cuidar dos pais quando se torna necessário.


Aprendemos no Pirkei Avot, a Ética dos Pais (5:25) “Uma criança de cinco anos começa as Escrituras; uma criança de dez anos começa a Mishná; um jovem de treze anos é obrigado a observar os mandamentos; um jovem de quinze anos começa o estudo do Talmud; um jovem de dezoito anos vai para o dossel do casamento; um jovem de 20 anos começa a buscar [uma carreira]; um jovem de trinta anos atinge a força total; um homem de quarenta anos atinge a compreensão; uma pessoa de cinquenta anos pode oferecer conselhos; um homem de sessenta anos atinge a antiguidade; um homem de setenta anos atinge uma idade avançada; um homem de oitenta anos mostra força; um homem de noventa anos fica curvado” mostrando que, em cada idade há uma sabedoria diferente.


Há uma lição importantíssima então, nesta semana. Devemos manter a proximidade com nossas gerações. Ter em mente que há muito a aprender com a experiência adquirida através dos anos de vida. Ao passearmos e dedicarmos tempo e cuidado aos nossos “mais velhos” nos abrimos à escuta, à troca, ao aprendizado. Nos permitimos impregnar por seus ensinamentos, e passamos a carregar um pouco destas pessoas dentro de nós. Quando chega o momento difícil da despedida, sabemos que levamos conosco o que havia de mais rico em nossos entes queridos: sua sabedoria.


Que a memória de nossos antepassados sejam uma eterna fonte de inspiração para atos de bondade e sabedoria de todos aqueles que foram tocados pela luz de suas vidas.


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