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Haftará Masei - Jeremias 2:4-28; 3:4

Em uma série de 3 haftarot que não têm a ver com a leitura da parashá, esta é a segunda, em que Jeremias aponta para o distanciamento do povo, a rejeição ao Pacto Divino, através da busca pela idolatria.

O que é idolatria? De acordo com os textos é atribuir a coisas físicas qualidades divinas. Fazemos isto constantemente, sem pensarmos que isto poderia ser idolatria. Ter a foto de um rabino específico entendendo que aquilo te trará proteção, uma fitinha vermelha no pulso, beijar e adorar objetos sagrados. Não precisamos construir fisicamente algo com a intenção de ser um ídolo, mas construímos constantemente a figura do ídolo sobre objetos.


Então, ao meio da haftará encontramos “eles Me deixaram, a Fonte das Águas Vivas, para construir ídolos”, e a partir desta frase, a rabina Jennifer Elkin Gorman faz uma linda construção sobre o período que estamos – Bein haMetzarim – e o uso da mikve como retorno a Deus, ao pacto, a nós mesmas.


Nestes períodos de Corona, mikve só no mar e rio, mas nada mais renovador e capaz de gerar conexão que o mergulho significativo na mikve (rio, mar, ou até banho de cachoeira!). A conexão com a água é capaz de limpar a alma. Fechar os olhos e se entregar à transmissão de energia, à limpeza da alma.


“Ao ler esta haftará, podemos ver Deus, a Fonte de Água Viva, chamando através do profeta, a fim de restabelecer a Aliança. Ao recuperar a mikve de maneira positiva, as mulheres podem restaurar continuamente nossa conexão com M'kor Mayim Hayyim”. Há alguns anos eu trouxe a mikve para a minha vida, e percebi as possibilidades que ela me traz, de finalizar um ciclo, reconectar e recomeçar. Através da mikve, anualmente, antes de Rosh Hashaná e Iom Kipur, eu renovo meu pacto comigo mesma e com Deus.


Proponho que, ao invés de buscarmos objetos alheios para nos proteger, busquemos dentro de nós mesmas a chama que nos une à imagem divina. Talvez, se pudermos nos reconectar com o melhor de nossa própria humanidade, não precisemos de objetos para nos apoiarmos. Mergulhemos de corpo e alma, abertas para restabelecer nossa Aliança.

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