אֶרְחַ֣ץ בְּנִקָּי֣וֹן כַּפָּ֑י
Eu lavo minhas mãos em inocência.[i]
“Lavando as mãos,
nós chamamos a mente
a santidade do corpo.”[ii]
Hoje foi um dia de emoções fortes, um dia marcante. Fomos ao cemitério, eu, Paulo e Michel. Era o shloshim do pai de minha amiga-irmã, avô de um amigo do Michel. Achamos que seria uma situação boa para o Michel conhecer o cemitério, entender um pouco mais desta parte difícil do ciclo da vida judaica.
Acredito muito na transmissão de valores e costumes através das gerações. Falamos de luto, da importância de celebrar a vida e continuar com ela após os períodos de luto, mas talvez eu não esperasse a emoção forte de estar lá, mostrando a morada final de pessoas que foram tão importantes para mim ao meu filho. Estar, rezar, chorar junto com ele foi profundo e especial.
Na saída lavamos as mãos, um ritual que tinha o objetivo de limpeza ritual, que, para mim, traz uma mensagem de que aquela tristeza de visitar o passado deve ficar lá no cemitério, para visitar de vez em quando, mas não para levar para toda a vida.
Seguimos juntos, na estrada, conversando.
Quais são os valores, alegrias e tristezas que compartilhei com meus filhos este ano? O que faltou compartilhar?
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