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Foto do escritorAndrea Kulikovsky

Elul 6

וְעֵ֥ץ הַשָּׂדֶ֖ה יִתֵּ֥ן פִּרְיֽוֹ׃

E as árvores do campo

Darão seus frutos.[i]


“Vamos abençoar a fonte da vida

que expande o fruto da árvore com doçura.”[ii]


É Shabat, momento de olhar para trás e ver toda a semana, pensar em tudo o que produzimos. As semanas são cada vez mais cheias: aperta uma reunião para cá, outra para lá, e cabe mais um telefonema. Uma noite mal dormida e os e-mails são zerados. Duas coisas simultâneas fazem o tempo render o dobro. Mas será que estou inteira? Me espanto com o que faço caber na agenda, ao mesmo tempo que me perturba o tanto que deixei de fazer.


A produção da semana se reflete no mês e no ano. Produzi muito, mas, mesmo assim, deixei muito por fazer. Errei e acertei nas minhas escolhas por prioridades. E me dou conta mais uma vez de que o tempo voa, escorre entre os dedos, e o mais importante às vezes fica de lado.


Mas é Shabat. O dia de parar o tempo, de estar com a família (ao menos quando estou em São Paulo), de reduzir a marcha, curtir uma menuchá (descanso), e simplesmente estar.


No Shabat a vida se enche de cores, odores e doçura.


O que fiz? O que deixei de fazer? Qual é a prática de Shabat que faz este dia ser mais especial?





[i] Levítico 26:4 [ii] Marcia Falk

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