וְיַ֤יִן יְשַׂמַּ֬ח לְֽבַב־אֱנ֗וֹשׁ
Vinho torna o coração alegre[i]
“Santifiquemos este dia, enquanto abençoamos
a eterna fonte
que nutre a fruta da videira.”[ii]
Inspirada por pedaço de poema e pela frase do salmo, levei meu pensamento longe, buscando o lugar onde reside a alegria do vinho. Me vi então contemplando rostos de pessoas, situações de encontro e alegria. Não, o vinho não torna o coração alegre, mas sim o encontro que o acompanha.
Encontros fazem falta, pessoas fazem falta. Todo aquele mundo que nós tínhamos como garantido, cuja existência nunca paramos para reconhecer e agradecer, faz muita falta. Ir e vir, viajar, encontrar, beijar e abraçar. Não vou ser hipócrita, este não é o objetivo aqui. Abracei umas poucas amigas ao longo deste tempo todo, quando a situação gritava por um abraço. Encontrei poucas pessoas. Viajei com o João – gratidão enorme por aqueles dias! Comecei a ir ao Rio para o Shabat e me apaixonei pela cidade.
Foi no Rio que entrei em uma loja vazia, onde tocava uma música maravilhosa para balada que me fez sentir uma saudade de festa, de dançar, de brindar. Volto ao vinho... E então, antes de questionar, agradeço por todas as oportunidades que a vida me trouxe de celebrar, levantar o copo e descer até o chão. Le Chaim!
A pergunta de hoje é o que eu soube celebrar, e o que faltou comemorar neste ano que passou?
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