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Foto do escritorAndrea Kulikovsky

Elul 27

O último shabat antes de Rosh Hashaná começa daqui a pouco. Eu me

preparo para o Shabat, o coração anseia por este momento mágico da

semana: o castelo no tempo, como Heschel define. Mas a cabeça também

já está entrando no clima de Rosh Hashaná: mikve feita, unhas feitas, casa

cheirando bolo de mel.


Hoje, durante o dia, recebi diversos cartões virtuais de Rosh Hashaná, os

perfis de vários amigos já têm seus votos de um ano doce e bom

publicados. E o Shabat? Pulamos!


Para mim, é a clara metáfora da corda bamba: quando estamos chegando

ao final do trajeto, corremos para a chegada. Mas é muitas vezes neste

final que o passo não é mais tão bonito e cuidadoso quanto os anteriores,

é neste momento que caímos, justamente porque nos apressamos.

Quantas vezes, na nossa vida, ao ver que estamos quase lá no nosso

objetivo perdemos o cuidado e caímos...


No meu momento tshuvá volto meus passos, olho para mim e para trás e

penso quais trajetórias teriam sido mais plenamente vividas e melhor

executadas se eu tivesse tomado cuidado até o final.


No momento presente faço um exercício, um esforço, para aproveitar este

shabat em sua plenitude e celebrar o ano no momento certo.


Que o shabat nos traga paz, alegria, oportunidades de tfilá e introspecção

para chegarmos inteiros e preparados para um Rosh Hashaná significativo

e pleno.


Shabat Shalom!

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