O último shabat antes de Rosh Hashaná começa daqui a pouco. Eu me
preparo para o Shabat, o coração anseia por este momento mágico da
semana: o castelo no tempo, como Heschel define. Mas a cabeça também
já está entrando no clima de Rosh Hashaná: mikve feita, unhas feitas, casa
cheirando bolo de mel.
Hoje, durante o dia, recebi diversos cartões virtuais de Rosh Hashaná, os
perfis de vários amigos já têm seus votos de um ano doce e bom
publicados. E o Shabat? Pulamos!
Para mim, é a clara metáfora da corda bamba: quando estamos chegando
ao final do trajeto, corremos para a chegada. Mas é muitas vezes neste
final que o passo não é mais tão bonito e cuidadoso quanto os anteriores,
é neste momento que caímos, justamente porque nos apressamos.
Quantas vezes, na nossa vida, ao ver que estamos quase lá no nosso
objetivo perdemos o cuidado e caímos...
No meu momento tshuvá volto meus passos, olho para mim e para trás e
penso quais trajetórias teriam sido mais plenamente vividas e melhor
executadas se eu tivesse tomado cuidado até o final.
No momento presente faço um exercício, um esforço, para aproveitar este
shabat em sua plenitude e celebrar o ano no momento certo.
Que o shabat nos traga paz, alegria, oportunidades de tfilá e introspecção
para chegarmos inteiros e preparados para um Rosh Hashaná significativo
e pleno.
Shabat Shalom!
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