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Elul 2

Para mim, Elul é um momento de prática de mergulho espiritual. Os dias

correm normalmente, mas por conta de eu estar fazendo esta prática,

muitas vezes me vejo refletindo sobre os acontecimentos cotidianos do

meu dia de maneira diferente.


Hoje me questiono sobre o encontro com a verdade e o desafio de educar.

Diz o Pirkei Avot: Faça para você um professor, e adquira um colega. Mas

e quando você se vê na qualidade daquele que deve ensinar uma difícil

lição a seu filho, de buscar esta verdade, por mais dolorida que possa

parecer? A sensação é de que você desfaz a amizade com ele, mesmo que

temporariamente. A grande dificuldade é a medida do ensinamento, para

que não causemos uma ferida grande demais, e ao mesmo tempo não

sejamos tão leves que a lição não seja transmitida. Ser mãe é assim... uma

hora mel, outra maror; uma hora escravidão e a outra liberdade; uma

hora faraó e outra Miriam.


O encontro com a verdade pode ser amargo como o maror, que comemos

em Pessach, mas também pode ser a expressão do amor e da liberdade,

que celebramos na mesma festa. As relações construídas tendo a verdade,

o diálogo franco, a honestidade, como base são verdadeiras, têm maior

possibilidade de durar. Não são fáceis, não nos protegem da dor, mas

também nos expõem às maravilhas dos sentimentos verdadeiros e

intensos.


Então me olho por dentro e pergunto: quem são o Faraó e a Miriam que

vivem dentro de mim? Quais verdades machucaram, e quais libertaram?

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