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Elul 17

Sou super fã de Gilmore Girls. Mãe e filha que têm aquela relação sincera,

de super amizade, as duas super malucas (ligeiramente más com os

outros, devo assumir). Assisti quando jovem, e há pouco mais de um ano

apresentei para minha filha, com quem assisti tudo de novo.


A relação mãe e filha é facilmente idealizada. Acho que todas nós

gostaríamos muito de ter em nossas filhas nossas melhores amigas.

Enquanto filhas, passamos por altos e baixos: primeiro, nossa mãe é nosso

ideal; depois “mó mico”, mas secretamente ainda queremos ser elas; mais

tarde, lá para a adolescência, há uma separação; então, crescemos e

entendemos tudo. Voltamos a ser amigas – ou não...


Tentando me colocar fora das minhas relações de mãe e filha, acho

impressionante como sou incapaz de fazer inversões, ter empatia, nestes

casos. Com minha filha sou mãe, com minha mãe sou filha – muito filha!

Fico louca quando minha filha roda o olho e dá uma ligeira bufadinha

quando falo com ela; mas tenho consciência de que faço o mesmo com a

minha mãe, tadinha!


E aquela certeza de que quero fazer tudo diferente do que minha mãe

teria feito, e vira e mexe me pego fazendo tudo igual!?

Em realidade, eu admiro profundamente minha mãe: pequena e forte,

inteligente e corajosa, dançarina e apaixonada. Ela não para, não desiste,

continua estudando, dançando e se apaixonando. Viveu para os filhos e

agora vive por ela.


Se eu idealizo minha relação com minha filha, para que seja igual a um

seriado de TV, ou reality show de decoração (já viram Two Chicks and a

Hammer, no Brasil, Karen e Mina), na vida real gostaria que, quando ela

for adulta, ela olhe para mim com orgulho por quem eu sou e o que fiz por

nossas vidas e relações.


Tal mãe, tal filha...

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