“Começamos na terra
e nós terminamos na terra
Passamos nossas vidas ganhando nosso pão
Somos como vasos quebrados,
grama seca, flores murchas,
sombras que passam, nuvens desaparecendo,
vento à deriva, espalhando poeira,
um sonho fugaz.”[i]
Elul é o tempo em que devemos colocar os pés no chão, acessar nossa maior humildade, encarar a nossa finitude. Começamos e acabamos no pó, e as únicas coisas certas da vida são estas. Todos começamos e terminamos no mesmo lugar. O que fazemos entre estes dois pontos é fugaz, mas é nossa responsabilidade.
Se agimos com soberba, com vaidade, não só desrespeitamos o próximo, mas também nos sentimos vulneráveis. Só podemos cair do topo.
Com os pés no chão e munidos da humildade, da certeza de que não somos melhores que o outro, somos capazes de fazer a diferença, de tocar os outros e construir pequenos pedacinhos para um mundo melhor.
Hoje uma pessoa que se acha muito melhor que as outras me machucou. Mas eu tenho uma bênção imensa em meus amigos, que me ouvem e me ajudam a raciocinar. Eu tenho alternativas e tenho meus pés no chão. Às vezes me machuco, às vezes perco a perspectiva, mas sempre há alguém para me dar a mão e ajudar a levantar. Agradeço muito por cada uma das pessoas que trago ao meu lado na jornada da vida.
Como eu me enxergo? Como manter os pés no chão? Como manter a real perspectiva dos problemas que enfrentamos? Quando manter o caminho e quando recuar?
[i] Marcia Falk
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