Em Pessach lemos a meguilat Cântico dos Cânticos, a poesia máxima do amor humano e extremo entre um homem e uma mulher, em um tempo muito antigo, ou o texto figurativo entre o amor entre Deus e Israel. Nossos sábios discutiram muito sobre os motivos de canonizar este texto, a mais sábia colocação vem de Rashi: “não há nada no mundo inteiro tão digno quanto o dia em que o Cântico dos Cânticos foi dado a Israel; pois toda as Escrituras são sagradas, mas o Cântico dos Cânticos é o Santo dos Santos!” Justamente nesta semana do Omer focamos nossa atenção em Hessed, que é a benevolência, a gentileza, o amor. Focamos na possibilidade de um amor profundo, de um amor com disciplina, na beleza do amor, na perenidade e no esplendor do amor, nos alicerces do amor, e hoje na liderança e nobreza do amor. Nesta semana em que a sefirá é o amor, a Meguilá é sobre o amor. Para mim, nada mais sagrado e digno de ser canonizado do que o amor humano. Somos feitos à imagem de Deus, somos capazes de amar e odiar. Nossa melhor capacidade é a de amar: ao próximo, aos filhos, aos pais, aos amigos, mas, principalmente, de se entregar de corpo e alma, profundamente, ao amor mundano. É magia pura. “Eu te beijaria nas ruas, e nunca sofreria desprezo Eu te traria para a casa de minha mãe Minha mãe me ensina Eu te daria vinho e néctar De minhas romãs Oh, por seus braços ao meu redor, Abaixo e acima de mim Oh mulheres da cidade, Jurem pela coelha selvagem do campo Não nos despertem Até que cumpramos nosso amor” (tradução livre da tradução em versos do Cântico dos Cânticos feita pro Macia Falk) Para mim, a beleza do Cântico dos Cânticos, o que o torna sagrado, é a possibilidade de ver a entrega e a beleza do amor humano, puro e intenso. Que sejamos capazes de focar em nossa capacidade de amar ilimitadamente.
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