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Beshalach

A parashá da semana que passou fala do momento em que Deus decide que o povo fará o caminho mais longo de Mitsraim para a Terra Prometida, passando através do Mar dos Juncos ao invés do caminho mais curto e óbvio. Riquíssima em histórias, Beshalach fala da fome, sede, descrença do povo. Por outro lado fala da liderança de Moisés na travessia e de Miriam com canto, dança, instrumentos, carisma. Fala de inimigos, não só os Egípcios, mas também apresenta um novo inimigo: Amalek.


Não é possível, para mim, deixar de fazer um paralelo com minha experiência destes dias na Colônia, para onde eu vim como estagiária de rabinato. Um intenso caminho de aprendizado, cheio de desafios, prazeres, dificuldades e possibilidades. A expectativa de liderança e meu esforço em tentar entregar.


Esses dias intensos me fazem perceber que, apesar de todo caminho esconder um Amalek, enquanto líderes temos sempre um povo que depende da confiança que temos no pandeiro que nos foi dado para tocar. Que certas horas, precisamos sim da densidade e complexidade de Shirat Haiam, mas outras precisamos da sensibilidade e alegria de Shirat Miriam. Que o melhor caminho às vezes não é o curto e reto, mas o mais complexo e emocionante.


Esta semana, em especial, peço forças para meu humilde pandeiro. Meu povo aqui na Colônia é bom demais: confia, me dá força e possibilidade. Que venha Itró com seus bons conselhos na próxima semana...


Shabat Shalom e Shavua tov!

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