Behar é um lindo texto sobre justiça social, traz regras de como proteger o solo e o povo, ambos pertencentes a Deus. Em Behar aprendemos que temos todos o dever de proteger os membros de nossa família e sociedade que são economicamente frágeis.
Diferente das parashiot anteriores, Behar é dita do Sinai, enfatizando a importância de garantir a liberdade e combater a injustiça social e financeira: quebrar estas regras é como quebrar a aliança divina.
A única menção específica às mulheres feita nesta parashá é sobre a mulher escrava. Os israelitas não podem ser feitos escravos, são serviçais, que serão liberados com seus filhos no ano jubileu (sem menção específica às mulheres), já a escrava originária dos povos vizinhos é mantida como propriedade por toda a vida, assim como o escravo.
Mas o que aconteceria com uma mulher liberada da servidão, após anos entregue para servir seus mestres, muitas vezes de forma sexual? Ela não tinha mais valor para a sociedade: empobrecida e impurificada, ela voltava à casa de sua família para voltar a se tornar escrava ou serviçal em pouco tempo, como conta e condena o profeta Jeremias (34:12-16). De certa forma, a servidão da mulher seria mantida por toda a vida.
Ainda hoje lemos no jornal acerca de situações de venda e escravidão de meninas para o casamento, para a prostituição. Meninas que têm seu valor e esperança roubados, vidas destinadas à servidão, a uma existência sem valor.
“Proclame a liberdade na terra para todos os seus habitantes” lemos em Leviticus 25:10 e soa no Liberty Bell na Filadélfia. Nossa missão moderna, com base na lição mais profunda de Behar é lutar para que todos: mulheres e homens, sejam igualmente livres, e possam viver suas vidas com valor, respeito e dignidade.
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